domingo, 21 de junho de 2009

E agora?

Desde criança ouvia minha mãe dizer para não ser igual a ela. Pra estudar, ser independente e não depender de homem nenhum. De fato, isso sempre foi muito forte pra mim, e acabou sendo o norte para que eu construísse o meu caminho.

Mas, ser independente e não depender de homem nenhum nunca significou abandonar meus sonhos de casar, ter filhos e construir minha família. Pelo contrário. A vida profissional acabou sendo o meio para que eu pudesse alcançar o fim maior. Foi o meio para conquistar meu espaço, minha independência. Para então eu estar preparada para um relacionamento mais sério.

A questão aqui é de manter a liberdade e a tranquilidade de ir embora no momento em que o amor acabe. Não que este seja o objetivo, mas todos sabemos que é algo que acontece. Nunca quis, de forma alguma, nem me imaginar vivendo coisas que eu vi minha mãe viver por depender financeiramente de alguém. Para isso eu trabalho de segunda a sexta, fiz faculdade e MBA. Para isso me mudei pra São Paulo. Para isso estou aqui e com meu sonho cada vez mais latente.

Eu procuro sim uma dependência, mas uma dependência de amor, de companheirismo, de cuidado, de preocupação. Coisas que o dinheiro não compra e
que parecem estar em extinção.

E agora?

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