terça-feira, 14 de outubro de 2008

Melhor assim

Domingo fui tomar café com uma grande amiga no Leblon. Sim, no leblon. Meu lugar de recarregar as energias, de me desligar um pouco de Sampa e lançar um olhar de fora sobre tudo o que anda acontecendo por aqui. O resultado? Muita reflexão.

Eu realmente não acredito que as coisas aconteçam por acaso. Tudo tem um motivo. Assim como também não é obra do acaso que a vida te bate com uma mão, mas te estende a outra.

Durante o café, minha amiga disse algo que me chamou a atenção. Que o desenvolvimento humano se dá a partir de dois pontos fundamentais: a tensão e o suporte.

Isso soou diferente aos meus ouvidos por olhar os recentes acontecimentos e perceber que estou passando por momentos de fortes turbulências nesse meu vôo. Por ter que respirar fundo a cada dia e acreditar que tudo vai dar certo, que tudo está valendo a pena e que chegarei ao meu destino sã e salva.

No início essa tensão te causa desespero e você até acha que esse é o fim do mundo. Em seguida, você consegue deixar um pouco a emoção de lado e analisa racionalmente a situação. Você lembra que não adianta se desesperar e que você não é mais criança para querer que os outros resolvam suas questões por você. Que se isto está acontecendo, é porque você precisa aprender alguma coisa. É claro que tudo tem o seu tempo de digestão. Escrevendo parece que é um processo rápido, mas cada um tem seu tempo, e muitas vezes precisamos de dias, semanas e até meses para assimilar tudo.

Mas o importante é que assim você vai pra frente. Essa tensão toda te movimenta. Perceber que o jogo não está ganho te faz correr atrás do resultado. Pois não existe zona de conforto nas incertezas. E certamente, no fim das contas, tudo isso acaba sendo muito construtivo e positivo. Você se desenvolve.

Por outro lado, passar por tudo isso sozinha é, de fato, muito complicado. Muitas pessoas só reclamam das porradas que levam da vida, sem perceber e aproveitar, o suporte que ela lhe oferece com a outra mão. De uns tempos pra cá as coisas ficaram mais difíceis, sim. Mas não por acaso isso aconteceu em um momento em que alguém sentou ao meu lado neste mesmo vôo. Alguém para quem eu dou a mão nos momentos mais difíceis e vice-versa. Isso me conforta e faz com que eu siga o vôo com mais calma e serenidade. Apesar das turbulências.

A tensão, mas o suporte.

Melhor assim.

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