domingo, 2 de novembro de 2008

Carta ao bom velhinho

Querido Papai Noel,

Sei que estou em falta com o senhor, afinal fazem mais de 15 anos que não lhe escrevo. Seja para pedir alguma coisa ou apenas para contar que tenho sido uma boa menina. Na verdade, preciso ser sincera. Quando fiquei maiorzinha me disseram que o senhor não existia e que os presentes de natal nada mais eram do que presentes comprados por meus pais. Como me falaram isso, achei que não fazia mais sentido escrever, e de fato, os presentes sempre estavam na árvore.

Só que há muito tempo venho pedindo um presente especial. Não é uma jóia, uma roupa, muito menos um carro importado. É um presente que o dinheiro não pode comprar, pois simplesmente não está à venda. Um presente exclusivo.

Eu quero um amor. Não precisa ser desses de cinema. Pode ser um bem real. Com qualidades e defeitos, sim. Perfeito para mim. Que queira dividir seus dias, suas angústias, suas conquistas e que me faça sorrir ainda mais a cada dia. Que eu possa cobrir de carinho e beijos. Surpreender a cada momento. Que queira estar perto por vontade e que juntos escrevamos a nossa história e a de nossos vermelhinhos.

Tô pedindo essa ajuda, pois tem sido muito difícil encontrar. Como tenho sido uma boa menina, filha, neta, amiga e pessoa durante todo esse tempo, gostaria que o senhor desse uma forcinha e me ajudasse nessa empreitada. Quem sabe talvez o senhor exista, de repente as pessoas é que não sabem fazer os pedidos corretos, ficando presas apenas aos bens materiais, que elas mesmas podem ofertar.

O meu presente já existe em algum lugar.

Ele só precisa me encontrar.

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo :-)

Unknown disse...

Quando lidamos com o amor, acho que todos voltamos um pouco a ser crianças... desde o tom de voz com o outro até a sensação de "felizes para sempre"... de conto de fadas... E quem melhor que o bom velhinho pra atender ao desejo das crianças!? E é bom atender o pedido, ein sr. gordinho de vermelho!