segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Recalculando a rota

Hoje ao voltar pra casa fui surpreendida por uma intensa tempestade. Quase não conseguia enxergar o que estava à minha frente. Reduzi a velocidade e fui com atenção.

Fiquei pensando que em condições normais de temperatura e pressão não reduzimos a velocidade. Pelo contrário, tendemos a aumentá-la. É a pressa em viver as coisas. Em chegar aos destinos.

Muitas vezes esquecemos que o mais importante não é o lugar onde chegamos, mas o caminho que percorremos para alcançá-lo. As pedras encontradas. Os desvios. A ventania. A tempestade.

Sobreviver à tudo isso é o grande desafio.

Eu costumo contrariar meu gps só pra fazê-lo trabalhar. Só para fazê-lo recalcular a rota. E assim, conhecer novos caminhos que me levem a um determinado lugar. Tentativa e erro. Errar para conhecer. Errar para aprender. Errar para enfim acertar.

A velocidade promete uma chegada mais rápida. Mas uma freada mais abrupta no primeiro obstáculo pode acabar com seus planos. Pode ser desastrosa.

Sem aprender os caminhos e sem chegar ao destino final.

Pra que a pressa?

3 comentários:

Unknown disse...

É isso aí Mari, ainda mais que o engraçado da vida é dar errado o que foi planejado. Então, errar para acertar é o lema! Beijos

Luciana Andrade disse...

Pra que pressa se vamos chegar ao mesmo lugar... Pedras no caminho fazem parte...E como certeza você sempre soube guardar cada uma para construir seu castelo...
Te amo!

Unknown disse...

Algumas vezes, quanto mais pedras temos pela frente, mais queremos chegar ao destino... e acho que esses são os destinos que realmente queremos chegar... Nossa, Mari, seus textos me fazem viajar! Sensacional... e que venham as pedras!