sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

Domingo passado fui ver a obra de Saramago na telona.

A história mostra como uma epidemia, que a princípio coloca todos em uma situação de igualdade, pode levar à desorganização e à superação dos valores mais básicos da sociedade, transformando seus personagens em animais egoístas na luta pela sobrevivência.

Eu já tinha lido o livro para a faculdade há quase 4 anos. A leitura já havia sido uma experiência densa, profunda. Assistir sua filmagem foi como materializar tudo o que Saramago, com seu texto altamente descritivo, havia construído em minha mente durante toda a leitura. Uma coisa é fato: tanto o filme como o livro te levam a muitas reflexões.

Após ver o filme, relembrei de todas as análises feitas para a faculdade. Do anonimato dos personagens e da cidade, da atemporalidade da obra. Do papel de cada personagem na história e de alguns trechos que realmente me tocaram durante a leitura e durante o filme.


Certamente um filme de 2 horas não consegue ter toda a riqueza de detalhes que um livro de 300 páginas tem. Mas o filme cumpre muito bem seu papel e dá o tapa na cara de quem assiste.

A obra se resume em uma frase simples do livro: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

Difícil não refletir com tanta sobriedade de Saramago.

Mas chega de destrinchar a obra. O intuito aqui é apenas despertar o interesse de vocês.

O resultado é diferente para cada um de nós.
Então, para quem ainda não viu o filme, veja. E para quem tiver tempo, leia.

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